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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Josef Vissarionovitch Stalin

            “Josef Vissarionovitch Stalin” (1879 – 1953) após a morte de Lênin, Stalin assume o poder. Segundo o LIVRO NEGRO DO COMUNISMO (COURTOIS, Stéphane; WERTH, Nicolas; PANNÉ, Jean-Louis; PACZKOWSKI, Andrzej; BARTOSEK, Karel; MARGOLIN, Jean-Louis, 1999) os mesmos métodos utilizados por Lênin, são sistematizados por Stalin, que é considerado por muitos historiadores como o mais engenhoso, o mais esperto de todos os bolcheviques, prevendo seus golpes com anos de antecedência, conhecia a vida das prisões, beneficiava-se de uma memória fantástica e assimilava os textos de maneira quase fotográfica.
           Nos últimos anos da Rússia czarista, entre 1905 e 1917, foi membro do partido bolchevista. Lênin o havia escolhido para ingressar no Comitê Central dos Bolchevistas, em 1912. Escreveu, nesse período, "O Marxismo e a Questão da Nacionalidade". Após a Revolução Russa, voltou para São Petersburgo, onde escreveu artigos para o jornal Pravda. Entre 1919 e 1922, foi Comissário do Controle do Estado e, em 1922, tornou-se Secretário Geral do Partido, após a morte de Lênin em 1924 inicia uma era de hegemonia política, o novo ditador russo instaurou um regime de terror total.
           Stalin acabou com as liberdades individuais, criou um aparato estatal policial e militar de combate aos inimigos do regime, instituí punições que vão desde expurgos, trabalhos forçados em campos de concentração “gulags” que são construídos em várias partes do território russo, até assassinatos.
           Segundo o LIVRO NEGRO DO COMUNISMO (COURTOIS, Stéphane; WERTH, Nicolas; PANNÉ, Jean-Louis; PACZKOWSKI, Andrzej; BARTOSEK, Karel; MARGOLIN, Jean-Louis, 1999) o genocídio “da classe” se junta ao genocídio “da raça”: matar de fome uma criança kulak ucraniana deliberadamente coagida à indigência pelo regime stalinista, “vale” o matar de fome uma criança judia do gueto de Varsóvia coagida à indigência pelo regime nazista.
           Stalin foi um dos principais responsáveis por Holodomor, Holodomor (em ucraniano: Голодомор) é o nome atribuído à fome de carácter genocidário, que devastou principalmente o território da República Socialista Soviética da Ucrânia (integrada na URSS), durante os anos de 1932 - 1933. Este acontecimento — também conhecido por Grande Fome da Ucrânia — representou um dos mais trágicos capítulos da História da Ucrânia, devido ao enorme custo em vidas humanas. Apesar de esta fome ter igualmente afectado outras regiões da URSS, o termo Holodomor é aplicado especificamente aos factos ocorridos nos territórios com população de etnia ucraniana: a Ucrânia e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte.  











           Josef Stalin assinou um pacto de não agressão com Adolf Hitler em 1939, dividindo a Polônia em duas partes, uma nazista e uma comunista. Em setembro de 1939 a Polônia foi derrotada, depois de ter sido invadida simultaneamente pelos nazistas, a Oeste, e pelos comunistas, a Leste. Os soviéticos ficaram com uma zona de ocupação de duzentos mil quilômetros quadrados. A partir da derrota da Polônia, os soviéticos massacraram nessa zona, sob as ordens escritas do infame ditador Stalin, vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros de guerra - mais de 4 mil em Katyn (perto de Smolensk), local onde foi descoberto posteriormente pelas tropas alemãs que expulsaram os soviéticos e passaram a controlar a Polônia, os alemães encontraram também um dos mais famosos ossários, além de outros 21 mil em vários locais. Deve-se adicionar a essas vítimas cerca de 15 mil prisioneiros soldados comuns, provavelmente mortos por afogamento no Mar Branco, este fato histórico ficou conhecido como Massacre de Katyn.












            Sugestão Literária: O Massacre de Katyn, Sérgio Oliveira.
           
            O filme Katyn reproduz este fato histórico com grande fidelidade e mescla algumas filmagens originais feitas pelos alemães e soviéticos.


           A NKVD, polícia comunista treinou a Gestapo, polícia nazista, Moscou recebe a visita de nazistas interessados em plantas de campos de concentração soviéticos, o stalinismo manteve estreitas relações com o nazismo. 
            No entanto, a megalomania de Hitler e sua jornada contra o bolchevismo, levaram o a invadir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tropas nazistas invadem o território de Stalin. Stalin alia-se ao Reino Unido, França e Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e juntamente com os Aliados, esmaga os nazistas e a Alemanha de Hitler. Em 1945, houve o famoso encontro de Postdam, próximo a Berlim, onde Harry Truman, Winston Churchill e Josef Stalin traçaram os rumos da nova geopolítica mundial. 
Imagem: COURTOIS, Stéphane; WERTH, Nicolas; PANNÉ, Jean-Louis; PACZKOWSKI, Andrzej; BARTOSEK, Karel; MARGOLIN, Jean-Louis. O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror e Repressão. Adaptado. Bertrand Brasil, 1999.

Imagem: exposição "Hitler e os alemães"

            Stalin e o Massacre de Malbork. A macabra descoberta feita na cidade polaca de Malbork de mais de 1.800 corpos, incluindo corpos de mulheres e de crianças. No final da Segunda Guerra Mundial esta cidade era território alemão e o massacre foi cometido por tropas soviéticas à mando do ínfame ditador Stalin, quando entravam no território da Prússia Oriental, vindas da Polónia em 1945. Alguns crâneos revelam sinais de balas e, logo, de execuções sumárias, sendo alguns destes crâneos pertencentes a mulheres e crianças. Havia de facto indicação do desaparecimento de milhares de civis alemães nessa região, em 1945, quando perante o avanço das forças soviéticas, o governo alemão ordenou a evacuação da cidade. Alguns civis recusaram fazê-lo, e pertencerão a estes os corpos agora encontrados. 
            Não sobreviveu ninguém para contar a história, como sucedeu com os afundamentos dos navios Wilhelm Gustloff, General Steuben e Goya que também em 1945 foram afundados por seis submarinos soviéticos, naquele que foi o maior desastre naval da História com um total de 25 mil mortos (não, não foi o Titanic, com os seus 1500 mortos). 
            A macabra descoberta expõe uma faceta relativamente desconhecida da Segunda Guerra Mundial: os massacres que as forças soviéticas realizaram sobre civis alemães nos últimos meses de guerra. Massacres que não foram nunca descritos nos livros de História, que não mereceram qualquer referência nos julgamentos de Nuremberg e que – sem exceção – sairam injustiçados. É possível compreender a raiva e o espírito de vingança de alguns soviéticos depois de todos os excessos  e crimes cometidos pelas SS na Rússia, mas tal escala e e a impunidade absoluta dos mesmos indica uma aprovação ou mesmo uma orientação a partir do centro, de Moscovo.



            No dia 16/03/1984, Lord Hartley Shawcross, que fez as orações de abertura e do encerramento do Tribunal de Nuremberg, e que foi o chefe da delegação britânica na parte das acusações contra os nazistas, levados à forca, declarou o seguinte, numa conferência na cidade de Stourbridge:
"Nos julgamentos de Nuremberg condenamos a agressão e o terror nazista. Acredito agora (após 38 anos) que Hitler e o povo alemão não queriam a guerra, mas nós declaramos guerra contra a Alemanha decididos a destruí-la, de acordo com nosso princípio de equilíbrio de poder e fomos encorajados pelos americanos ao redor de Roosevelt. Ignoramos o apelo de Hitler para não entrar em guerra. Agora somos forçados a reconhecer que Hitler estava certo! Ele nos ofereceu a cooperação da Alemanha, ao invés disso estamos desde 1945 enfrentando o imenso poder da União Soviética".
Tentativas de paz de 1939 a 1941
Imagem: ALLEN, Martin. A Missão Secreta de Rudolf Hess: O estranho vôo do vice de Hitler e o segredo mais bem guardado da espionagem britânica. Record, 2007.
            No pós-guerra, Stalin estabeleceu a hegemonia soviética na Europa do Leste, com o domínio da República Democrática Alemã, a Tchecoslováquia e a Romênia, elevando o bloco soviético à condição de superpotência, tempos de ‘Guerra Fria’, Josef Stalin morreu em 1953.


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